Coronadays 26.06.2020

Sigo com as minhas longas caminhadas e amo essas duas araucárias no meio da plantação. Se fosse por mim, cobriria o campo de novas araucárias.

??Haja coração, ânimo e o mínimo de meditação para ter chegado até aqui. Cem dias de quarentena. Um pouco mais, um pouco menos. Foi-se o solstício de outono, algumas luas cheias e, recentemente, o equinócio de inverno, com a noite mais longa do ano. Mas parece que essa noite não passa, já que todo o dia é o mesmo dia. Tudo se repete, mesmo as idas e vindas para a fazenda. Os campos de aveia cresceram. Pinhões caíram. Até mesmo o trigo, que foi plantado há pouco tempo, já verdejou. Chegou a época das mexericas, do limão-rosa e da laranja-lima. Neste ano não deu fogueira por causa da seca. Já mudei móveis de lugar. Marikondonei minhas gavetas e prateleiras. Doei roupas. Já tive a fase massa fresca, a fase legumes assados, a fase bolos. Fiz jejum intermitente. Agora estou em busca de novas fases.

Fico pensando como levar adiante os próximos cem dias, pois não há dúvida de que seguimos para uma quarentena sem fim, entre curvas ascendentes e platôs reincidentes. Até mesmo os europeus, que saíram de suas cavernas há poucos dias, jorrando pelas ruas, praças e parques, seguem em estado de alerta. Em uma campanha viral na Espanha dizem “vocês não vão me trancar de novo”. Veremos. Torceremos, pois o presente deles é o nosso futuro. Aqui, no coração da América do Sul, entre gafanhotos e fraudes, seguimos encerrados.

Estradas e caminhos que me levam para mim.

Mas, embora, entretanto, todavia, como hoje Gil faz 78 anos, cantores e artistas Brasil afora nos deram a alegria de ver que podemos ser aquele país com que sonhamos. Deixo aqui o vídeo para quem não viu ver e para quem já viu, rever, pois andar com fé eu vou, pois a fé não costuma falhar.

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